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Mod para o Floppy Drive Gotek com Cortex

Mod para o Floppy Drive Gotek com Cortex
Passeando pela Internet e procurando alguns Mod’s diferente e me deparei com o do Floppy Drive Gotek. Achei bem legal e resolvi fazer também.
Resolvi fazer porque achei aparentemente simples. Eu podia usar um drive que teoricamente não serve no MSX por ser de 1.44 mb sem possibilidade de configurar. Aliás é interessante isso, pois o drive que usei foi o primeiro que comprei a alguns anos atrás para usar no MSX e claro não funcionou, pois não tinha os jumpers para configurar para 720k, etc… mas nada é perdido, estava usando ele no meu PC-XT até hoje.
Esse Mod é mais que para o MSX, funciona em várias plataformas, inclusive o pessoal do Amiga já usa a tempos. Mas meu foco nesse Post é o MSX, pois não achei nada mais focado na plataforma.
Mas repito, fazendo os procedimentos abaixo, o drive vai servir para todas as outras plataformas.
Basicamente trata-se de trocar o firmware original do floppy drive e colocar um compatível ou semelhante ao do famoso HxC Floppy Drive da HXC2001.
É importante dizer que este emulador de disquete não é absolutamente comparável ao HXC Floppy Emulator por Jean-François DEL NERO (Jeff), onde além de suportar dezenas de formatos de disquetes e hardware, há também um desenvolvimento no Firmware de vários anos, mas o Floppy Drive Gotek ainda é uma alternativa excelente e econômica.
Material utilizado:
1. Precisa de um drive Gotek compatível com no novo Firmware (veja nessa lista Gotek Compatibility). Eu usei esse que é bem comum e um dos mais baratos: Drive Emulador de Disquetes Gotek SFR1M44-U100K
2. Um LCD como esse: Display Oled Azul 128×32 Pixel 0.91 Polegadas 4 Pinos I2c, achei no ML por 32 pilas (o problema, claro, o frete)
3. Um Conversor Usb Serial Rs232 Ttl Pl2303hx P/ Arduino Mini Nano. Tem vários modelos. Usei esse ai debaixo para gravar o novo firmware no drive e foi muiiiiito tranquilo.
4. Um Encoder Rotativo Ec11 ou KY-040 (Rotary Sensor Arduino)
Ec11
Ky-040
5. Jumper Fêmea – Fêmea Fios Arduino
6. Um buzz de 5V
7. Ferro de solda, knob, solda, alguns jumpers, alguns terminais, cola quente, alicate, lima, mini furadeira, etc….
Dá para achar tudo no ML tranquilamente.
MONTAGEM
Desmontando o Flopply Gotek:
Primeiro passo, abrir o drive, só precisa de uma chave Philips para isso. Retire os 3 parafusos na parte superior:
Retire toda a carcaça de plástico, fica mais fácil para trabalhar. Não se preocupe, só remova com cuidado, pois é tudo encaixado.
Pode remover o display original também, desplugando-o dos 4 pinos. É bom marcar a posição dos fios (pode tirar uma foto), porque se precisar voltar, é só plugar novamente nos pinos corretos.
Instalando o novo Firmware:
Para começar, vamos soldar alguns terminais, pois apesar de ter a posição no drive, não vem com os pinos. Esse procedimento é necessário para que possamos ligar a interface USB/Serial para gravarmos o novo firmware.
São os 8 pinos perto do conector de energia do drive. Tem que soldar os terminais. Depois de concluído vai ficar parecido com o da figura abaixo:
Plugue os fios conforme a figura abaixo. O fio azul está no 2 pino do conector (GND), o fio verde está no 4o. pino do conector (5V).
O fio amarelo está no 3o. pino do drive (TX), o fio vermelho está no 4o. pino do drive (RX) e por último note que no pino 1 e 2 do drive tem um jumper fechando os dois, esse jumper serve para permitir a gravação do drive, tem que deixar fechado, depois do procedimento pode ser retirado.
Ai é só ligar o fios no nosso adaptador USB-Serial, nos respectivos pinos, conforme abaixo:
Alguns adaptadores podem ter a ordem dos pinos em posições diferentes, mas todos tem a marcação, então acho que não há mistério.
Bom agora é plugar o danado no computador e usar o programa para fazer a atualização.
No Windows usei esse programa: Software "Flash Loader Demo” para gravar o novo firmware. Se quiser baixar do próprio site a versão mais atualizada, o endereço é esse https://www.st.com/en/development-tools/flasher-stm32.html.
Baixe também a última versão do firmware nesse link: https://github.com/keirf/FlashFloppy/wiki/Downloads ou baixe a versão que usei nesse link: Firmware flashfloppy_v0.9.27a.
A utilização e procedimentos para atualização do firmware não vou descrever aqui, para não deixar o post mais longo do que já está. Mas não se preocupe, pode consultar essas páginas, que está mostrando no detalhe como fazer:
https://github.com/keirf/FlashFloppy/wiki/Firmware-Programming
https://cortexamigafloppydrive.wordpress.com/
https://www.everythingamiga.com/2017/03/flashing-the-firmware-for-a-usb-gotek-drive.html
e nesse vídeo;
Uma única ressalva, antes de gravar o novo firmware, faça PRIMEIRO um backup do firmware antigo que já está no drive Gotek, usando a opção Upload do Software "Flash Loader Demo”. Pois se tiver algum problema é só regravar novamente.
Coloquei o backup do meu aqui também, para histórico ou se alguém precisar posteriormente: Firmware Original do Drive Emulador de Disquetes Gotek SFR1M44-U100K
Instalando o novo Display:
Depois de terminado a etapa de gravação do firmware, vamos trocar o display original do drive Gotek pelo display OLED que compramos.
Na figura abaixo, mostra o display de frente. O lado que mostra as informações. Vai ficar virado para fora no drive Gotek, posteriormente.
Aqui mostra a parte traseira do display. Onde iremos conectar os cabinhos. Note que quando essa plaquinha chegou os pinos (terminais) vieram separados, então precisei solda-los na placa.
A ligação fica conforme a figura abaixo. Note que usei os mesmos cabinhos que já tinham no drive Gotek para o display novo. Só mudei a posições, conforme abaixo:
Depois de ligado, você já pode ligar o drive na energia que já vai aparecer informações da versão do firmware novo instalado no display.
Beleza, próximo passo é aumentar a abertura da frente plástica do Floppy Gotek para visualizar o novo display. Para isso eu usei uma serrinha e uma lima para ajeitar os cantos. (acho a parte mais chata, mas fazer o que, tem que ser feito né). Procure fazer com calma para não estragar a frente do drive, afinal, você não tem outra para repor. Outro detalhe, coloque a placa do drive no lugar ANTES de medir o quanto vai cortar, pois o espaço disponível é a conta. Se cortar errado depois não dá para a placa entrar. Aproveite para fazer um furo no lado direito para o Encoder e já faz um furo para o segundo led (indicador do power) que fica para dentro da placa.
Corte feito, agora é prender o display. Melhor solução que encontrei, cola quente, vi nos videos por ai e ficou bom. Não precisar entupir de cola quente, só nas laterais já segurou perfeitamente.
Vai ficar assim:
Instalando o SOM:
Agora vou instalar o som. Na realidade é só uma simulação do barulho que os drives antigos faziam ao ler os disquetes. Mas para manter a nostalgia é legal colocar.
O novo firmware já dá suporte na pinagem do floppy Gotek para colocar o som. Só que é o seguinte, eu tinha em mãos apenas um buzz de 5V, como esse da figura abaixo:
Então a ligação deveria ser aparentemente simples, só soldar dois fiozinhos, 1 no positivo do buzz e outro no negativo e plugar nos pinos JB do floppy Gotek, conforme a imagem abaixo:
Mas não funcionou como esperado. Não porque não tenha dado sinal, mas o sinal é tão fraco que mal faz um tic no buzz que coloquei. Acredito que deva ser porque o meu buzz era de 5v, tem outros de 2 ou 3v para vender, mas até comprar, chegar, frete e tudo mais, preferi outra solução. Peguei um transistor BC547 e liguei conforme a figura abaixo:
O resultado do som ficou legal, audível e funcional. A cada trilha/setor que é lido no disco, faz um som. Achei bem bacana.
Instalando o Seletor (Encoder)
Próximo etapa, colocar um seletor no drive. Com isso temos a alternativa de girar para escolher as imagens de disco e de quebra esse seletor tem um botão de pressão nele que nesse caso é usado para selecionar/ejetar a imagem de disco. No caso do MSX essa função do 3o. botão serve para entrar ou sair de um diretório (pasta, hehehe) e pode ejetar/selecionar o disco também.
Só para constar, com a instalação do novo firmware o pino JA do drive é o 3o. botão, esse para selecionar/ejetar a image, se quiser ligar um botão lá direto sem instalar esse seletor, também pode.
O seletor que usei foi esse da figura abaixo:
No site do projeto o pessoal até recomenda usar esse modelo na foto abaixo, mas para caber na frente do Floppy Gotek, precisa fazer um ajuste:
Se quiser esse de cima, precisa dessoldar esse potenciômetro da placa e ajustar conforme a imagem abaixo:
Escolhido o modelo que se deseja usar. Antes precisamos soldar uns pinos (terminais) que faltam colocar no drive Gotek. O mesmo esquema de antes usado nos terminais para atualização do firmware, ou seja, tem a posição, mas não tem os pinos soldados. Então vamos soldar, são só 2 na posição marcada com JK no floppy Gotek.
Terminais soldados. Vai ficar como na figura abaixo.
Olha o esquema de ligação na imagem abaixo:
Após plugar os pinos, conforme os diagramas acima:
Fechando o Floppy Gotek:
Agora é organizar todos os fios dentro para não ficar espalhado e pode fechar o Floppy.
No meu caso, eu coloquei esse Floppy num carcaça de drive DDX, então os passos abaixo são só acabamentos:
Finalização e funcionamento:
Finalizando tudo e montando com o MSX, olha o Pagemaker aí, funcionando belezinha.
Alguns detalhes importantes para o MSX, que é o foco aqui:
Tem que colocar um jumper no fechando o pinos JC do drive Gotek. Ainda não sei direito o porque disso, só segui as orientações do projeto, mas planejo escrever um segundo post somente com os testes do drive. Por hora deixa ele fechado.
Tem que colocar outro jumper no pino S0 do drive Gotek para setar o drive como A:
Se o seu cabo flat não tiver a inversão.
Se o seu cabo flat tiver a inversão, é só colocar o jumper no pino S1.
Isso é só para escolher se vai querer o drive com A: ou B:
Mais detalhes sobre esse procedimento, consulte aqui .
Sobre do pen drive.
- Copiar o arquivo FF.CFG que está na pasta examples que vem junto no arquivo .zip do firmware novo, para a raiz do pen drive.
- Alterar o arquivo FF.CFG com um editor de textos, procurar a diretiva host = unspecified e alterar para host = msx.
- Copiar os arquivos de imagem .DSK para o pen drive, pode organizar criando pastas … tipo JOGOS MSX1, JOGOS MSX2, APLICATIVOS, etc… (pode usar nomes longos 😀 )
E pronto, só colocar o pendrive no Floppy Gotek, ligar o MSX, selecionar a imagem pelo Seletor ou pelos botões e usar como um drive normal.
Obs: Por favor, consulte sempre o site do projeto para a montagem, pois traz outros detalhes que talvez lhe interessem https://github.com/keirf/FlashFloppy/wiki/Hardware-Mods.
Conclusão:
Achei sensacional o drive com display novo, além de permitir o nome do arquivo .DSK com nomes longos, ele mostra ddd/xxx disco atual de x discos e a trilha/setor sendo lidos.
Bem melhor do que o antigo o qual tínhamos que olhar disco por disco e dar um DIR para saber seu conteúdo.
A segunda facilidade é a colocação dos arquivos. Basta copiar para o pendrive os .DSK’s e pronto.
Os mesmos vão aparecendo no display normalmente.
Depois da imagem de disco ter sido selecionada, você pode dar um DIR, por exemplo, que vai mostrar o conteúdo do mesmo, enfim, vai fica transparente para utilizar.
Um outro ponto que achei muito massa. No pendrive vai caber muito mais que 1000 arquivos, pois é, 1000 arquivos por diretório (pasta).
Suporta MSX 1 e Posterior
Não vou fazer toda a análise do funcionamento nesse post, vou fazer uma segunda parte só com o uso e detalhar melhor como funciona.
Referências:
Tudo para o projeto, informações, compatibilidade, etc.:
https://github.com/keirf/FlashFloppy/wiki
Informações para colocar Som:
Mais instruções:
http://torlus.com/floppy/forum/viewtopic.php?f=33&t=1683&p=11486#p16461
Informação sobre o floppy HxC
Informações sobre exceções
http://tabajara-labs.blogspot.com/2015/03/amiga-gotek-floppy-emulator.html
Um Mod igual
http://projectspeccy.com/2017/11/03/gotekdvirtual-spectrum-floppy-disk/
Vídeos:
É isso pessoal, espero que tenham gostado. Se tiverem dúvidas ou sugestões, é só postar nos comentários.
Vou fazer um segundo artigo somente com a análise do funcionamento desse novo firmware em breve.
Mod para o Floppy Drive Gotek com Cortex
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Um programa para gerenciar partições no Cartão SD ou Pen drive

Um programa para gerenciar partições no Cartão SD ou Pen drive
Tudo bem pessoal? Hoje trago uma dica para todos nós que usamos nossos cartões SD ou pen drives nas interfaces com nossos microcomputadores antigos.
Quando usamos o MAC (iOS) ou LINUX para visualizar, copiar, excluir arquivos nas “n” partições que criamos em nossos dispositivos de armazenamentos (cartões SD ou Pen drives) é uma tarefa simples e tranquila. É só plugar o dispositivo que esses sistemas operacionais já mostram essas partições para que possamos usá-las livremente.
Até ai blz, mas e quando se trata do Windows? Nesse caso já complica tudo, o Windows só te mostra uma partição por vez do seu dispositivo, mesmo que você já tenha 2 ou mais.
Isso é realmente irritante, você quer copiar seus arquivos organizados nas partições e não consegue. Não consegue nem mesmo saber o que tem gravado na segunda partição.
Para resolver esse problema quero indicar um programa que cumpre 100% essa necessidade.
Esse programa chama-se BOOTICE. Ele pode ser baixado no site do desenvolvedor www.ipauly.com. Também pode ser baixado AQUI.
Você só precisa plugar o pen drive ou cartão de memória, escolhe-lo na lista Destination Disk e clicar no botão PARTS MANAGE para ver as partições disponíveis.
Nesse ponto você já visualiza a lista de partições presentes no seu dispositivo. A primeira partição da lista é a que o Windows está acessando/visualizando no momento. Para que o Windows acesse outra partição, basta clicar sobre a partição desejada selecionando-a e clicar no botão “Set Accessible” (essa opção aparece assim que você clica na partição que deseja ativar).
O programa é uma mão na roda. Você já pode deixar esse programa guardado na sua pasta de ferramentas.
Não esqueça de voltar a partição original (aquela que estava na primeira linha da lista) para o topo da lista, dessa forma, quando o dispositivo voltar a ser usado na interface do seu computador, ele reconhecerá tudo como era antes.
Esse software tem diversas opções, como formatar uma partição específica ou mudar o label da partição. Mas isso deixo para vocês explorarem com calma.
Para terminar você pode baixar esse programa em 32 ou 64 bits dependendo da versão do Windows que você tiver instalada.
Fica aí a dica. Esse artigo complementa o artigo “Como Remover partições em pen drives“. Que são ferramentas importantes que nos ajudam a gerenciar arquivos e dispositivos removíveis em nossos micros antigos.
Um programa para gerenciar partições no Cartão SD ou Pen drive
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Como Converter Sinal da placa CGA do PC-XT usando a placa GBS 8200

Como Converter Sinal da placa CGA do PC-XT usando a placa GBS 8200
Durante muito tempo quis usar os monitores de tubo (CRT) com meu PC-XT. Isso para manter a nostalgia mesmo. Os monitores originais, aqueles de fósforo verde, âmbar ou branco são extremamente raros, então queria usar um monitor de tubo mais recente, que existem aos montes hoje em dia.
Sei que dá para usar um monitor LCD só montando um cabo e usando um monitor específico, conforme esse artigo, mas porque usar um monitor se posso usar qualquer um disponível. De qualquer maneira tenho outras opções.
Mas como fazer isso, já que os mesmos não são compatíveis com a placa CGA existentes no PC-XT. Bem, ai começa minha odisséia; primeiro comprei uma placa GBS 8200 essa aqui ó:
É uma placa bem legal, claro não é uma super conversora que custa centenas de dólares, mas dá recado do trabalho. Além disso ela é bem conhecida dos colecionadores de computadores antigos. Quebra o galho de muita gente.
Ela tem entrada para sinal RGBS (que pode ser usada no MSX, por exemplo) e CGA, show de bola. Achei que meu problema estava resolvido, era só fazer um cabo de conectando o conector db9 da placa CGA do PC-XT na entrada de 5 pinos que aceita CGA e pronto. Adivinha???
Não funciona 🙁
Poxa, mas qual o problema? Simples, a saída de sinal CGA da placa do PC-XT é um sinal Digital, o pessoal chama de RGBI e a entrada da placa GBS 8200 é analógica (RGBA). Vou dizer, fiquei um tempão esperando alguém para solucionar esse mistério, mas acabei caçando eu mesmo na internet e achei, parece piada, nos fóruns do Commodore C128, que pelo que entendi tem o mesmo problema.
Por isso eu digo, quem tem um monitor 1084 da vida, sim esse da Commodore, pode-se dizer que tem um monitor precioso. Ele tem entrada para tudo que precisamos, no que diz respeito a máquinas antigas. Olha esse artigo.
Mas quem não tem, não se desespere, com essa solução, você vai conseguir plugar seu PC-XT num monitor CRT qualquer ou mesmo um monitor LCD, pois funciona.
Dito tudo isso, vi que era preciso construir uma placa para converter RGBI para RGBA, agora sim plugar na placa GBS 8200 e pronto.
Agora o problema óbvio, cadê essa placa?
Continuei minha busca, mas agora sabendo que precisaria de um esquema para construir essa placa, encontrei umas 3 soluções que a principio iam funcionar.
Achei neste Fórum, neste site GGLABS. Mas tem outros, é só procurar, agora sabendo o que buscar, que você vai achar.
Depois, sabendo do que precisava, acabei encontrando esse circuito até pronto no EBAY e outros sites as palavras chaves eram “Video Digital-to-Ana
Mas tava inspirado e resolvi fazer eu mesmo um protótipo de um que achei, olha aqui ó:
Não encontrei nem o site da autora para colocar como referencia aqui. Só achei essa imagem mesmo, de qualquer maneira resolvi arriscar para ver se iria funcionar.
Eu nem tinha idéia se iria realmente funcionar, mas estava com um tempo sobrando então resolvi fazer.
Meu primeiro passo foi construir esse esquema ai em cima no Eagle. Mas antes dei uma procurada nos componentes para saber se não eram componentes difíceis e caros de comprar. Pelo esquema pode-se perceber que os únicos componentes que deveria me preocupar eram os CIs 7432 e 7486. O primeiro, tem nas melhores casas do ramo, mas o segundo, fala sério, só no ML um cara vendendo, tipo 20 pilas e fora isso só lá fora.
Então tive a idéia de procurar um equivalente, e encontrei o CI 74386, bem mais fácil de achar e baratinho, tipo 2,50. A única diferença era a posição dos pinos que mudam de um para o outro.
Beleza, toca fazer o esquema no Eagle então. Ficou assim:
e a placa ficou assim:
Os arquivos do projeto feitos no Eagle podem ser baixados nesse link ok: Projeto RGBI2RGBA . Assim todos podem melhorar, modificar, etc.
Depois, foi fazer a placa, comprar os componentes, soldar e testar:
Placa vista de cima, com o conector rgbsg que vem na GBS 8200, isso facilitou, porque agora é só plugar nela e pronto. Outra coisa, tem um jumper que pode ser configurado na placa, é para sincronismo composto ou horizontal e vertical separado. Eu testei somente com o composto, se quiserem fazer outros testes tudo bem, mas como funcionou, nem me aprofundei nisso.
As ligações.
Placa inteira vista de cima. Um detalhe, eu só tinha em casa o conector DB9 Fêmea, e na placa o certo seria colocar o DB9 Macho, assim a posição dos pinos fica certinho. Como eu só tinha o fêmea, quando fui fazer o cabo que liga a placa CGA do PC-XT até a placa RGBI2RGBA precisei colocar os pinos invertidos, isso foi só para compatibilizar. De qualquer forma estou colocando a pinagem do CGA para vocês se orientarem, ok.
Se tiverem dúvida de como fazer o cabo, podem consultar esse artigo .
Coloquei um jumper nesse ponto ai da imagem acima, porque eu queria gerar uma placa com face simples e não dupla, daí gerou alguns jumpers nela e mesmo assim faltou esse ai, como era um só puxei por baixo mesmo.
O circuito precisa de uma alimentação de 5V para funcionar. Puxei da mesma fonte que alimento a GBS 8200.
Peço que não reparem, ficou feinha eu sei, mas para esclarecer, não sou técnico em eletrônica, nem estudei para isso. Sou apenas um hobista e colecionador. Gosto de superar os problemas que encontramos em nossas máquinas. E o que dá para fazer, dentro do meu conhecimento, eu faço.
O segundo ponto é que fico muito ansioso em fazer as coisas funcionarem, então não me atentei muito em otimização e acabamento.
Esse projeto está aqui até para que possamos melhorar (placa, tamanho, disposição, etc.).
Bom agora é testar.
Puxa, até me assustei, funcionou de primeira.
No meu ponto de vista, depois de ajustar o brilho, contraste, posição da tela, tamanho, etc… Achei a qualidade uns 95%. Não sei se é a qualidade da GBS 8200, ou se é do conversor RGBi2RGBA, mas mesmo assim ficou bem aceitável. Agora todos podem ter qualquer monitor ligado na placa CGA do PC-XT, seja um monitor CRT, LCD ou mesmo LED.
Bem pessoal, é isso ai. Se tiverem comentários ou dicas úteis, podem utilizar o campo de comentários abaixo.
Até a próxima.
Como Converter Sinal da placa CGA do PC-XT usando a placa GBS 8200
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Joysticks para Todos os Gostos

Joysticks para todos os gostos – Esse artigo mostrar uma quantidade absurda de joysticks diferentes em um só lugar. Veja a quantidade de designs diferentes que foram construídos. Alguns viraram quase que um padrão, mas para ser sincero, padrão aqui é o que menos você vai ver.
Uma pequena introdução do que é um Joystick (não que todos desse planeta não saibam). Mas é legal saber como curiosidade.
Veja esse texto extraído na integra da Wikipedia:
“O joystick surgiu originalmente como controle de aeronaves e elevadores. Sua invenção é originalmente atribuída ao piloto francês Robert Esnault-Pelterie, existindo também reivindicações históricas entre os pilotos Robert Loraine, James Henry Joyce e Sr. A. E. George. Esse último foi pioneiro ao voar em um pequeno avião em Newcastle, na Inglaterra em 1910. É atribuído a ele a criação do “George Stick” o qual tornou-se popularmente conhecido como joystick. O joystick apesar de estar presente nos recentes aviões desde século passado, sua origem e utilização mecânica é incerta.”
Legal né.
Espero gostem e que se deliciem com a infinidade de controles.
Divirtam-se.
joysticks para todos os gostos
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Monitor Commodore 1084 no PC-XT

Olá pessoal. Hoje tenho mais uma dica (Monitor Commodore 1084 no PC-XT) de monitor que serve perfeitamente no PC-XT. Infelizmente esse monitor não é novo, porém é um monitor tão bom e completo que vale um artigo.
O monitor que estamos falando é o Commodore 1084 (mais especificamente o 1084D e o 1084S), trata-se de um monitor colorido CRT (ou de tubo) fabricado entre os anos 80 e 90.
Sei que não é um monitor facinho de achar, mas sempre aparece algum para vender no Mercado Livre ou OLX das mãos de colecionadores e retro-entusiastas.
Na minha opinião vale muito a pena possuir um.
Eles são bem construídos, tem uma qualidade superior de imagem, tem várias entradas, possuem som interno, etc.
Eles foram produzidos inicialmente para o Commodore Amiga, mas servem para quase todas as nossas máquinas retrô já que são multisync. Nesta lista inclui-se MSX, ZX Spectrum, PC-XT, etc.
Não vou me ater a colocar nesse artigo a especificação técnica desses monitores, para isso peço que acessem esta página com informações detalhadas sobre cada monitor commodore.
Também deixo aqui um link para baixar o Manual de Serviços do Monitor Commodore 1084D e o Manual do Monitor Commodore 1084S-D, ambos trazem informações adicionais para vocês realizarem seus projetos.
Bom, mas o que é necessário para colocar esse monitor no PC-XT? Simples, apenas um cabo.
Como é esse cabo? Você vai precisar dos seguintes materiais para fabricá-lo:
1 Conector DB-9 Macho (esse conecta na placa cga do PC-XT)
1 Conector DB-9 Femea (esse conecta no monitor 1084)
1 metro cabo 8 vias (pelo menos) – Cabo Manga 8X26 AWG BT
(solda, ferro de solda, etc)
Um detalhe, esse cabo é para monitores que possuem uma entrada VGA 9 pinos, pois existem alguns monitores que possuem pinos DIM e outros ainda, SCART. De qualquer forma esse artigo já dá uma base para fazer o cabo para esses outros conectores.
O esquema de ligação é um dos mais simples, pois é basicamente 1 para 1 na ligação dos pinos:
CGA = Color Graphics Adapter
Videotype: TTL, 16 colors (também conhecido como IBM RGBI). (15.75 KHz – 320×200 or 640×200)
PINO | MONITOR 1084 | PC-XT |
DESCRIÇÃO |
1 | GND | GND | Ground / Terra |
2 | GND | GND | Ground / Terra |
3 | R | R | Red / Vermelho |
4 | G | G | Green / Verde |
5 | B | B | Blue / Azul |
6 | I | I | Intensidade |
7 | RES | N/C | Reserved/Não Conectado |
8 | HSYNC | HSYNC | Horizontal Sync |
9 | VSYNC | VSYNC | Vertical Sync |
Vamos à construção:
Uma dica: Quando for soldar os terminais, sempre coloque solda em todas as pontas dos fios e também nos terminais dos conectores ANTES.
Depois é só soldar, isso deixa o trabalho beeemmm mais fácil.
Outra coisa, a malha que conforme as fotos deixei enrolada, solde na carcaça do conector, assim fica tudo bonitinho e funcional.
Um último ponto, os terminais DB-9 tem o número dos pinos marcados na parte plástica, se não enxergar, utilize um lupa para visualizar melhor. É muito importante que os conectores sejam soldados nos pinos certos ok.
Com o cabo pronto plugue o mesmo no monitor (DB-9 femea) e no PC-XT (DB-9 macho).
Coloque a chavinha, localizada na traseira do monitor, no modo Digital ou RGBI.
E por fim, no painel da frente do monitor tem uma chave mais a direita (bem no comecinho), coloque-a no modo RGB.
Agora é curtir o computador no seu melhor estilo retrô.
Até a Próxima!
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FPGA uma Super Solução em Retrocomputação

Esse artigo é para dividir com vocês a fantástica solução denominada FPGA, esse artigo não tratará dos detalhes da tecnologia empregada, mesmo porque o assunto é vasto e merece que se aprofunde para compreende-lo melhor. Mesmo assim, no final do artigo deixei uma lista de referência para quem quiser entender melhor os detalhes dessa tecnologia. A idéia aqui é reunir o que existe no mundo da Retrocomputação sobre os consoles implementados sob FPGA.
O que é FPGA
Traduzindo a grosso modo, é um chip no qual se pode programar circuitos lógicos inteiros dentro dele.
O que dá para fazer com isso:
Muita coisa, mas quero manter o foco dentro do que estamos falando, porque muita coisa é muita coisa mesmo.
FPGA no mundo Retrô
Algumas pessoas entenderam que se poderia implementar uma máquina (computadores ou video games) inteira dentro de um FPGA. Assim surgiram as implementações mais fantásticas que já vi.
Alguns podem dizer “mas já existem excelentes emuladores que fazem isso”. Verdade mas, venhamos e convenhamos, os emuladores por melhores que sejam não dão aquela nostalgia de um console real. Mas as implementações sob um FPGA dão. Inclusive se parece muito com a máquina verdadeira. Algumas vezes até melhor, pois os projetistas colocam tudo que a máquina tem direito (mais RAM, mais velocidade, mais compatibilidade, etc.)
Sem mais delongas vou listar alguns projetos que considero um “show” de implementação:
FPGA NES – Um projeto que clona o Nintendo Entertainment System
ATARI 2600 – Um projeto que clona o console do Atari
ZBC (Zero Board Computer) – Um projeto que implementa um PC-XT
OCM (One Chip MSX) – Um clone do MSX
Zemmix Neo – Outro clone do MSX
MIST – um Clone de Vários Consoles
Máquinas suportadas pelo MIST:
-
ST/STE (alos on SCART 15KHz)
-
Amiga 500/600/1200 ( AGA CORE BETA core)
-
C64 (partially – still developed)
-
Atari 8bit ( 96%)
-
Collecovision
-
ZX81
-
Atari 2600
-
ZX Spectrum with AY, aslo with DIVMMC and ESXDOS
-
SEGA GENESIS
-
Apple
-
MSX
-
AMSTRAD CPC (BETA)
ZX-UNO – um Clone do ZX Spectrum do tamanho de um raspberry
É isso pessoal, acho que tem uma lista bem bacana para brincar. Essas máquinas realmente são um sonho de consumo.
Referências:
http://www.embarcados.com.br/armefpga/
http://www.embarcados.com.br/fpgas-substituindo-microcontroladores-simples/
http://www.ni.com/white-paper/6984/pt/
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Organizando o Som de Suas Máquinas Retrô

Organizando o Som de Suas Máquinas Retrô – Estava meio cansado ($$$) de comprar caixinhas de som para cada máquina de minha coleção. Além de começar a pesar no orçamento, cada uma tinha que ligar na energia, cada uma tinha seu espaço em cima da mesa ou bancada, isso sem falar no nosso martírio eterno que é a fiação envolvida.
Comecei a procurar uma solução que melhorasse um pouco esse cenário, visto que jamais iria colocar todas as máquinas tocando algum tipo de som ao mesmo tempo (jogos, demos musicais, etc.).
Encontrei 3 soluções viáveis:
A primeira é uma mesa de som
A segunda é usar um Receiver
A terceira é um chaveador de áudio e vídeo
As três soluções tem suas vantagens e desvantagens.
A mesa de som tem um controle maior sobre cada componente ligado a ela, podendo equalizar, realizar fade no som e muito mais.
Assim como o Receiver, que tem diversas entradas, chaveamento digital, amplificador, etc.
Para a necessidade que tinha, achei as duas primeiras soluções muito caras e iria precisar de um espaço maior na bancada.
Então optei pela terceira solução, utilizar um chaveador de áudio e vídeo.
As vantagens são obvias, o tamanho do aparelho é pequeno, não requer energia adicional, é uma solução barata e resolve meu problema.
A desvantagem é não ter as comodidades e recursos avançados de áudio ou video que as duas primeiras soluções dispõem.
No final ao invés de 4 máquinas com 8 caixas (4 pares) e 4 pontos de energia a mais, fiquei com apenas 1 par de caixas ativas (amplificadas) ligadas.
Nem preciso dizer que limpou a área.
Para terminar o artigo, coloque aqui alguns cabos e adaptadores que serão úteis na organização de suas máquinas.
Fica aí a dica.
Organizando o Som de Suas Máquinas Retrô
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Análise Adaptador de Disquete – FlashPath Floppy Disk Adapter

Análise Adaptador de Disquete – FlashPath Floppy Disk Adapter – Essa semana estive olhando um adaptador de disquete e fiquei curioso sobre seu funcionamento. Vi que ele poderia substituir um disquete normal de 3 1/2″ porém usando um cartão SD.
O adaptador em questão é do tipo abaixo:
Achei que poderia ser mais uma solução para trocarmos arquivos entre as máquinas antigas. E interfaces entre diferentes máquinas são sempre bem-vindas ao mundo de retro computação.
O que é:
FlashPath (FlashPath Floppy Disk Adapter) é uma série de dispositivos produzidos pela SmartDisk que permite o uso de memory cards no drive de 3.5″. A primeira versão desse dispositivo foi introduzida no mercado em Maio de 1998 usando cartões SmartMedia . Mais tarde foram produzidos flashpath para outros tipos de cartões: Memory Stick e Secure Digital/Multi Media Card (SD/MMC).
O Uso:
Bom quando chegou minha compra já fui desempacotando o bixinho, que vem em uma embalagem bliss. Veio também um CD, duas baterias CR-2016 e um folheto de instruções (que não diz absolutamente nada, a não ser como colocar as baterias).
A primeira coisa que chamou minha atenção era o CD. Se tem CD tem driver, se tem driver, não dá para usar em qualquer máquina. Dito e feito, a principal desvantagem nesse dispositivo é que já é um dispositivo retrô e os drivers foram escritos principalmente para Windows 95, Windows 98, Windows 2000 e NT4. Pelas minhas pesquisas alguns funcionam até mesmo no Windows ME. Windows XP para frente esquece. Ah! também funciona no MAC mas nas versões 8 e 9 e apenas para leitura (que chato).
Antes que você tenha o impulso de entrar nesse site da JVC que está na foto esquece, o link já era. Mas a parte boa é que encontrei o novo link é esse aqui
Mesmo assim para o propósito de retro computação vai servir.
O segundo problema que tive e que achei mais grave, foi achar um cartão SD que fosse compatível. Note que esse modelo da foto ai em cima não vem com cartão para usar.
Pelo manual, os cartões compatíveis são:
Security Disk (SD): 2MB, 4MB, 8MB, 16MB, 32MB, 64MB
MultiMediaCard (MMC): 2MB, 4MB, 8MB, 16MB, 32MB
Putz, onde eu vou achar esses cartões. Até procurei, mas não rolou. Dei uma olhada nos cartões que tinha e achei um de 512MB que uso nas minhas máquinas (detalhe importante, NÃO é um cartão do tipo HC) antigas, pensei, é esse mesmo.
Então coloquei as duas baterias que precisava, coloquei o cartão SD, instalei o driver para Windows 98 (que foi o sistema que testei) e fui para máquina colocar o adaptador de disquete.
Entrei no meu computador, cliquei no drive de 3.5″ e ……… nada. Não funcionou.
Que saco, vamos conferir tudo, bateria (com multímetro para ver se tinha carga), instalação do driver (dando um boot para garantir) e fazendo uma limpeza na cabeça de leitura do drive com um disquete de limpeza e álcool isopropílico (se você não tem esse disquete, veja esse artigo).
Pronto, coloquei no computador e…. nada. Não funcionou novamente.
Putz, só restava o cartão SD. Coloquei no meu notebook e estava lendo normalmente.
E agora?
Fui dormir…. depois de uns dias, fiquei procurando esses cartões pequenos 8mb, 16mb, 64 mb, desisti.
Foi ai que tive a brilhante idéia, podia particionar o cartão de 512mb que tinha, vai que não aceita tamanho tão grandes. Peguei o cartão, coloquei no notebook, entrei o gerenciador de discos do Windows e não dava para criar partições, não habilitava a opção de diminuir volume do disco.
Nesse ponto, pensei, preciso encontrar um software para particionar pendrives, mas antes vou formatar esse cartão lazarento. No próprio gerenciador de discos, cliquei com o botão direito sobre o cartão. Escolhi formatar como FAT.
Resolvi testar novamente e…… FUNCIONOU.
Durante os testes de leitura e gravação, achei meio lento, mas a idéia aqui não é performance, mas sim portabilidade para armazenamento e nesse quesito funciona perfeitamente. É meio lento, mas satisfatório.
Outro ponto, na especificação que se encontra acima no link para download do drive, o texto diz que funciona em Windows com versão superior ao SE, pois esses sistemas não precisariam de drivers de instalação. Fiz um teste com o Windows 10 e com uma unidade de disquete externa USB, não funcionou. Pode ser que se for uma unidade interna de disquete funcione, mas para testar isso, eu precisaria de um desktop com um drive de 3.5″ instalado e com o Windows mais atual. Infelizmente não tenho uma máquina com essa configuração para testes.
Testei cartões do tipo SDHC e não funcionou, mesmo fazendo uma partição menor. Por exemplo, peguei um cartão SD de 8 GB e criei somente uma partição de 512 MB formatado com FAT (FAT16). Mesmo assim não funciona.
Abaixo segue algumas imagens do interior do Adaptador de Disquetes para conhecimento:
Segue abaixo o conteúdo do CD de instalação, contendo os drivers e manuais do adaptador:
Por enquanto é isso.
Análise Adaptador de Disquete – FlashPath Floppy Disk Adapter
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Modernizando com Monitor LCD no PC-XT

Modernizando com Monitor LCD no PC-XT – Muita gente quer montar seu PC-XT para curtir a nostalgia de rodar um Lotus 1-2-3 ou um Wordstar nos tempos atuais. Porém para matar essa saudade sempre nos deparamos alguns obstáculos no caminho.
O primeiro é encontrar um PC-XT real (nada contra emuladores, pelo contrário, são no mínimo excepcionais). As vezes conseguimos a máquina, mas os periféricos adequados como teclados e monitores já são outra história.
Para ajudar nessa busca vai a dica de um monitor que vai funcionar na sua placa CGA com aquela saída DB-9 (9 pinos) que seu XT tem.
O monitor em questão é esse ai:
Monitor Lcd 15.6 Positivo Smile Light 563
Especificações Técnicas |
Marca: Positivo Modelo: 563 Tela: 15.6 Polegadas Tipo: LCD Widescreen Brilho: 200cd/m² Contraste: 500:1 Tempo de resposta: 16ms Dimensão Aproximada: 418 x 348 x 180mm Resolução Máxima: 1360×768 @60hz Modos de resolução: VGA 640×350 (70Hz)VGA 720×400 (70Hz)VGA 640×480 (60/72/75Hz)SVGA 800×600 (60/72/75Hz) XGA 1024×768 (60/70/75Hz)SXGA 1360×768 (60Hz) Número de Cores: 16,7 milhões Frequência de varredura: Horizontal: 30 – 60 kHz / Vertical: 56 – 75 Hz Ajuste OSD: Ajuste de posição(H/V) Brilho, contraste, fase, clock, volume, autoajuste, nitidez, OSD Consumo: 9W (ligado) 1,3W (standby) Entrada VGA: 15 pinos fêmea |
Esse monitor, ainda, bem fácil de se encontrar.
O LCD dele é widescreen e, sinceramente em minha opinião, não atrapalha nem um pouco na visualização.
O monitor já está apresentado a vocês, porém para que ele possa funcionar adequadamente no XT temos que construir um cabo adaptando a saída DB-9 da placa CGA do XT para o conector DB-15 no monitor.
Para construir o cabo você vai precisar de:
- 1 conector com capa DB-9 MACHO
- 1 conector com capa DB-15 FEMEA (por ser fêmea vai permitir que se possa conectar no cabo de monitor)
- 30 cm de cabo manga com pelo menos 7 vias ( 7 fios ou mais )
- (ferro de solda, solda, alicate, etc.)
A ligação entre os pinos dos dois conectores deve ser feita conforme o esquema abaixo:
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É importante ressaltar que alguns adaptadores no mercado NÃO são compatíveis para o que pretendemos, um deles está na figura abaixo:
Note que as ligações do adaptador acima são diferentes e portanto NÃO irá funcionar conforme desejamos.
Bom, é isso ai. Abaixo segue as fotos do nosso adaptador funcionando no monitor Positivo 563 com o PC-XT.
Modernizando com Monitor LCD no PC-XT
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Emulador de Drive no PC-XT

Emulador de disquetes ou drives no PC-XT
Durante um bom tempo, estive procurando uma forma de transferir arquivos do meu notebook para meu PC-XT de forma fácil. Então, depois de um tempo, percebi que não ia conseguir fazer isso no modo “plug and play”, ou seja de forma transparente, com o que eu tivesse à mão. Assim parti para estudar um pouco como fazer isso.
Tem várias formas para fazer essa empreitada:
- Transferencia de arquivos via cabo por porta serial
- Colocar um drive de 3 1/2″ externo
- Usar o drive de 5 1/4″ (já nativos nos XTs)
- Usar um emulador de drive
Além dessas opções, existem outras, mas dentro do contexto que eu queria separei apenas essas. Dentre essas resolvi optar por colocar um emulador de drive (a opção 4), pois só ia precisar de um pendrive para fazer a cópia dos arquivos que baixei no meu notebook e colocar/instalar no XT. Além do mais, alguns programas vem em formatos e imagens de instalação em forma de discos (360, 720, 1.2 e 1.44), para não ter que ficar extraindo, compondo, alterando os arquivos para depois instalar, o emulador de drive seria perfeito para essa compatibilidade.
Bom, a idéia é simples, mas a implementação disso nem tanto.
Primeiro tive que escolher um emulador de drive que servisse para o que eu queria. Dentre os vários modelos disponíveis no mercado resolvi escolher esse aqui:
fig. 1: Emulador de Drive 1.44 mb Modelo Sfr1m44-u100k – Frente
fig. 2: Emulador de Drive 1.44 mb Modelo Sfr1m44-u100k – Fundo
Escolhi esse porque além de ser fácil de achar, o preço é melhor, as pinagens de 34 vias para plugar o flat cable são padronizadas, a cor para combinar e o mais importante, ele aceita leitura/gravação de discos de alta densidade 1.44mb e os de menores capacidades também (1.2 mb, 720 kb e 360 kb).
No drive, a única configuração é o jumper para escolher entre drive A ou B, para isso basca fechar o jumper da posição DS0 ou DS1 respectivamente. Esse ponto não é critico nesse momento, pois durante os testes você poderá escolher entre um e outro, conforme a sua necessidade. Você pode baixar o manual aqui se precisar.
Bom, agora é plugar o cabo flat de 34 vias na controladora de disco e no emulador de drive, ligar a alimentação e pronto.

emulador de disquetes ou drives no pc-xt
fig. 3: Emulador de Drive já com os cabos de energia e dados

emulador de disquetes ou drives no pc-xt
fig. 4: Cabo Flat já conectado na controladora de discos
Ou quase pronto 🙂 foi o que eu pensei também. Mais a frente vamos ver o porque disso, antes vamos preparar o pendrive particionado com os discos para testarmos.
Agora é preparar um pendrive com as imagens de disco:
Para isso precisa baixar o software da IPCAS para formatar o pendrive em 100 partições (100 discos).
1. Passo: Após instalar o IPCAS, plugue seu pendrive. Se tudo estiver certo, vai aparecer somente os drives removíveis no software (exemplo abaixo drive F:)
fig. 5: Tela principal do IPCAS
2. Passo: Clique com o botão direito no drive F ou vá ao menu USB Flash Drive e escolha a opção Format. Na tela que aparece marque as opções conforme a tela abaixo:
fig. 6: Tela de formatação com as opções de densidade de 1.44mb e 100 discos
3. Passo: Clique em Begin to format
fig. 7: Tela do IPCAS formatando o pendrive
Passo 4: Depois de formatado, o software já criou 100 partições ou 100 disquetes para você usar conforme a figura abaixo:
fig. 8: Tela do IPCAS com pendrive já particionado e formatado com 100 discos
Note que todos foram formatados como 1.44 mb e estão vazios.
Agora vamos mudar apenas um deles com outro tamanho.
Clique com o botão direito na partição que você quer alterar e escolha a opção format (escolhi a primeira 000).
Configure a tela conforme visto na figura abaixo:
fig. 9: Tela para formatarmos apenas 1 discos
Depois de formatado olha como fica a partição 000.
Ficou com o tamanho de 720kb e com 19% utilizado, essa utilização foi porque ele criou os arquivos de sistema do DOS 6.22 (command.com, config.sys, io.sys), conforme escolhi na tela acima.
fig. 10: Tela mostrando o resultado do disco 000 formatado com 720 kb e com 19% de utilização
Passo 5 e último: Para copiar arquivos nesses disquetes virtuais, bastar dar um duplo clique na partição que você quiser. Isso vai abrir a tela do explorer mostrando o conteúdo dessa partição. No exemplo abaixo cliquei na partição 009 que por sinal está vazia. Agora é só copiar os arquivos que desejar e pronto.
fig. 11: Tela com windows explorer com o disco 009 escolhido por nós para copiar nossos arquivos
Outra forma é clicar com o botão direito na partição que você desejar, escolher a opção Read e na tela que se abre escolha um arquivo de imagem de disco (.img) selecione e pronto. Isso vai gravar a imagem do disco prontinha na partição.
Bem legal né.
Continuando…..
Agora com nosso pendrive pronto e com o emulador plugado, vamos aos testes.
lembra quando falei que parece que estava tudo ok. Não estava, pois no primeiro DIR que dei no disquete apareceu isso ai ó.

emulador de disquetes ou drives no pc-xt
fig. 12: Primeiro acesso ao drive A: depois de plugar tudo
Isso ocorreu pelo seguinte motivo, a controladora de discos original do PC-XT só acessa discos de 360kb ou 720kb. Mas eu criei várias partições no pendrive de 1.44mb. Então como fazer? Tenho uma boa e uma má notícia:
A má notícia é: Precisa substituir sua controladora de discos.
A boa notícia é: É mais fácil de se encontrar controladoras de PC-ATs do que as usadas em PC-XT
Substituí a controladora com uma que funciona em PC-ATs, como essa da foto ai embaixo:
fig. 13: Placa controladora de discos para PC-AT 8 e 16 bits
Note que o barramento é suporta tanto 16 bits quanto 8 bits. Mas se o barramento do PC-XT é de 8 bits, como vai funcionar. Simples, se você verificar o barramento na placa ela está dividida como se fosse uma extensão da mesma, então você vai plugar apenas a parte da frente da placa, a parte de trás fica solta mesmo. Veja a foto abaixo:
fig. 14: Placa controladora de discos plugada no barramento de 8 bits apenas
Essa placa tem várias vantagens, além de permitir que possamos plugar nosso drive de 1.44 (tanto o emulador de drive quanto um drive comum de 3,5), ela ainda nos disponibiliza conexões para porta serial, paralela e de joystick, além de um conector para HD sem ser esse maldito padrão MFM que vem nos PC-XTs (a conexão com o HD ainda não testei, se testaram podem comentar para ajudar outros).
Legal, agora sim já posso utilizar meu emulador de drives?
Ainda não, estamos quase lá, falta o pulo do gato 🙂
Acontece que a BIOS do PC-XT não suporta gerenciar os drives de alta densidade (1.44 mb) adequadamente. Putz, e agora?
Tudo tem solução menos a morte :).
Existe um software chamado 2M-XBIOS, ( pode ser baixado aqui )que pelo que etendi é uma extensão da BIOS do XT para tratar controladoras de discos, ou seja, adequa algumas características da mesma para suportar drives de alta densidade.
Resolvi experimentar.
Para usá-la, basta colocar a seguinte linha no seu CONFIG.SYS:
DEVICE=2M-XBIOS.EXE A:4 B: 1 /13
Os parâmetros do drive A e B estão descritos na tabela abaixo
Tamanho | Numero | Observação |
---|---|---|
360K | 1 | |
1.2M | 2 | |
720K | 3 | |
1.44M | 4 | |
2.88M | 5 | Precisa de uma controladora que suporte ED (1 Mbits/s transfer rate) |
No exemplo da linha do CONFIG.SYS estamos dizendo que o drive A suporta 1.44 mb e o drive B (normalmente o drive de 5,25 que já vem no XT) suporta 360kb.
Esse software só permite que se controle 2 drives, mesmo que o XT possa ter até 4 drives disponíveis. Mas falando sinceramente, 2 é mais do que suficiente para o que pretendemos.
Continuando…. agora basta reinicializar a máquina (sempre reinicie a quente, desliga mesmo a máquina para todos os seus testes) e a seguinte mensagem deverá aparecer durante o processo de boot.
2M-XBIOS 1.3 installed on A:360K B:1.44M [INT 13h]
Agora sim, você já pode criar sua pasta no drive A, formatar, copiar ou o que sua imaginação inventar.
fig. 15: Nosso emulador funcionando (detalhe, pedi para ler um disco formatado com 720kb)
Obs: Se precisar dar um boot por esse disco não vai funcionar, pois o arquivo 2M-XBIOS.EXE está no drive C e esse emulador de discos é de 1.44mb, então a controladora não vai trabalhar direito com ele, como explicado no artigo.
Atualização 21/08/2018: Uma atualização que achei muito bacana. Hoje troquei esse drive acima por um de modelo SMUFSSV@1104. Esse modelo de drive da gotek funciona com várias outras densidades além de 1.44 Mb. Então para configurá-lo, retire todos os jumpers e só feche o J9 para funcionar em 1.44 Mb. Mais detalhes nesse arquivo: User Manual Floppy Drive Gotek - SMUFDDV@1104. Um outro ponto, muito interessante e, que não tinha conhecimento é que ao invés de usar o 2M-XBIOS.EXE, é possivel usar a diretiva DRIVPARM no arquivo CONFIG.SYS do MS-DOS, ele faz o mesmo papel de setar as configurações do drive e, diga-se de passagem, funciona muito bem. Basta colocar a linha DRIVPARM=/D:0 /F:7 dentro do arquivo CONFIG.SYS para setar o drive A: com 1.44 Mb. Mais detalhes sobre o funcionamento dessa diretiva nesse documento DRIVPARM. Fim da Atualização
Um detalhe que não está totalmente relacionado com nosso tutorial mas que quero registrar e que pode ser um salva vidas para muitos. Se você já tentou instalar um emulador de drive de 720kb por exemplo (muito utilizado em MSX), vai verificar que funciona parcialmente. Porquê? Faça o seguinte, vamos criar uma pasta no drive A, para isso digite: |
c:\> a: <enter>
a:\> md pasta1 <enter>
espere a luz do drive apagar e digite
a:\> dir
Ué cade a pasta. Então, não criou, mesmo não dando nenhum tipo de erro. Isso acontece para qualquer operação que você tentar fazer no disco, pode até formatar que não vai dar erro e no final quando der um DIR vai encontrar o disco intacto :).
Conclusão: Não funciona, seu drive vai ficar somente como leitura, pelo menos foi isso que aconteceu comigo.
Bom pessoal, o artigo ficou um pouco extenso, resumi o que pude, mas o procedimento tem muitos detalhes que são necessários para funcionar adequadamente.
Por favor, comentem seus testes e se tiverem mais dicas a acrescentar para todos, será bem vindo.
emulador de disquetes ou drives no pc-xt
Até a próxima.
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