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Modernizando com Monitor LCD no PC-XT

Modernizando com Monitor LCD no PC-XT 

 

Muita gente quer montar seu PC-XT para curtir a nostalgia de rodar um Lotus 1-2-3 ou um Wordstar nos tempos atuais. Porém para matar essa saudade sempre nos deparamos alguns obstáculos no caminho.

O primeiro é encontrar um PC-XT real (nada contra emuladores, pelo contrário, são no mínimo excepcionais). As vezes conseguimos a máquina, mas os periféricos adequados como teclados e monitores já são outra história.

Para ajudar nessa busca vai a dica de um monitor que vai funcionar na sua placa CGA com aquela saída DB-9 (9 pinos) que seu XT tem.

O monitor em questão é esse ai:

 

monitor positivo smile light 563

fig. 01 – Monitor LCD 15.6 Positivo Smile Light 563 que aceita 15 kHz

 

Especificações Técnicas

Marca: Positivo

Modelo: 563

Tela: 15.6 Polegadas

Tipo: LCD Widescreen

Brilho: 200cd/m²

Contraste: 500:1

Tempo de resposta: 16ms

Dimensão Aproximada: 418 x 348 x 180mm

Resolução Máxima: 1360×768 @60hz

Modos de resolução: VGA 640×350 (70Hz)VGA 720×400 (70Hz)
VGA 640×480 (60/72/75Hz)SVGA 800×600 (60/72/75Hz) 
XGA 1024×768 (60/70/75Hz)SXGA 1360×768 (60Hz)

Número de Cores: 16,7 milhões

Frequência de varredura: Horizontal: 30 – 60 kHz / Vertical: 56 – 75 Hz

Ajuste OSD: Ajuste de posição(H/V) Brilho, contraste, fase, clock, volume,
autoajuste, nitidez, OSD

Consumo: 9W (ligado) 1,3W (standby)

Entrada VGA: 15 pinos fêmea

Esse é um monitor, ainda, bem fácil de se encontrar.

O LCD dele é Widescreen e, sinceramente em minha opinião, não atrapalha nem um pouco na visualização.

O monitor já está apresentado a vocês, porém para que ele possa funcionar adequadamente no XT temos que construir um cabo adaptando a saída DB-9 da placa CGA do XT para o conector DB-15 no monitor.

Para construir o cabo você vai precisar de:

  • 1 conector com capa DB-9 MACHO

  • 1 conector com capa DB-15 FEMEA (por ser fêmea vai permitir que se possa conectar no cabo de monitor)

  • 30 cm de cabo manga com pelo menos 7 vias ( 7 fios ou mais )

  • (ferro de solda, solda, alicate, etc.)

A ligação entre os pinos dos dois conectores deve ser feita conforme o esquema abaixo:

 

AV1-DB9-HD15-DiagramR

fig. 02 – Ligações entre os Conectores

 

Um detalhe: Não ligue os pinos 6 <-> 9 e 7 <-> 4, não são necessários e podem, no final, gerar problemas.

 

Outro ponto que é importante ressaltar é que alguns adaptadores no mercado NÃO são compatíveis  para o que pretendemos, um deles está na figura abaixo:

CGA-VGA-Adapter-Wrong-Connect

fig. 03 – Adaptador Incompatível

 

Não use esse tipo de adaptador acima porque  as ligações dele são diferentes e portanto NÃO irá funcionar conforme precisamos.

Bom, é isso ai. Abaixo segue as fotos do nosso adaptador funcionando no monitor Positivo 563 com o PC-XT.

 

IMG_0013

fig. 04 – Exibição do Monitor Positivo funcionando 

 

IMG_0009

fig. 05 – Monitor Positivo no PC-XT 8086

 

Mais uma informação: Alguns Monitores como o:  LG m1721a e m1921a; que também aceitam 15 kHz,  foram testados e funcionam perfeitamente com esse cabo.

 

fig. 06 – Monitor m1721A que também aceita 15 kHz e funciona perfeitamente com esse cabo

 

Modernizando com Monitor LCD no PC-XT

Emulador de Drive no PC-XT

Emulador de disquetes ou drives no PC-XT

IMG_0004

Durante um bom tempo, estive procurando uma forma de transferir arquivos do meu notebook para meu PC-XT de forma fácil. Então, depois de um tempo, percebi que não ia conseguir fazer isso no modo “plug and play”, ou seja de forma transparente, com o que eu tivesse à mão. Assim parti para estudar um pouco como fazer isso.

Tem várias formas para fazer essa empreitada:

  1. Transferência de arquivos via cabo por porta serial
  2. Colocar um drive de 3 1/2″ externo
  3. Usar o drive de 5 1/4″ (já nativos nos XTs)
  4. Usar um emulador de drive

Além dessas opções, existem outras, mas dentro do contexto que eu queria separei apenas essas. Dentre essas resolvi optar por colocar um emulador de drive (a opção 4), pois só ia precisar de um pendrive para fazer a cópia dos arquivos que baixei no meu notebook e colocar/instalar no XT. Além do mais, alguns programas vem em formatos  e imagens de instalação em forma de discos (360, 720, 1.2 e 1.44), para não ter que ficar extraindo, compondo, alterando os arquivos para depois instalar, o emulador de drive seria perfeito para essa compatibilidade.

Bom, a ideia é simples, mas a implementação disso nem tanto.

Primeiro tive que escolher um emulador de drive que servisse para o que eu queria. Dentre os vários modelos disponíveis no mercado resolvi escolher esse aqui:

DSC_0015-e1368930726965

fig. 1: Emulador de Drive 1.44 mb Modelo Sfr1m44-u100k – Frente

DSC_00161-e1368931006772

fig. 2: Emulador de Drive 1.44 mb Modelo Sfr1m44-u100k – Fundo


Escolhi esse porque além de ser fácil de achar, o preço é melhor, as pinagens de 34 vias para plugar o flat cable são padronizadas, a cor para combinar e o mais importante, ele aceita leitura/gravação de discos de alta densidade 1.44mb e os de menores capacidades também (1.2 mb, 720 kb e 360 kb).

No drive, a única configuração é o jumper para escolher entre drive A ou B, para isso basca fechar o jumper da posição DS0 ou DS1 respectivamente. Esse ponto não é critico nesse momento, pois durante os testes você poderá escolher entre um e outro, conforme a sua necessidade. Você pode baixar o manual aqui se precisar.

Bom, agora é plugar o cabo flat de 34 vias na controladora de disco e no emulador de drive, ligar a alimentação e pronto.


emulador-com-cabos

fig. 3: Emulador de Drive já com os cabos de energia e dados


IMG_0007

fig. 4: Cabo Flat já conectado na controladora de discos


Ou quase pronto 🙂 foi o que eu pensei também. Mais a frente vamos ver o porque disso, antes vamos preparar o pendrive particionado com os discos para testarmos.

Agora é preparar um pendrive com as imagens de disco:

Para isso precisa baixar o software da IPCAS para formatar o pendrive em 100 partições (100 discos).

1. Passo: Após instalar o IPCAS, plugue seu pendrive. Se tudo estiver certo, vai aparecer somente os drives removíveis no software (exemplo abaixo drive F:)

tela1

fig. 5: Tela principal do IPCAS


2. Passo: Clique com o botão direito no drive F ou vá ao menu USB Flash Drive e escolha a opção Format. Na tela que aparece marque as opções conforme a tela abaixo:


tela2

fig. 6: Tela de formatação com as opções de densidade de 1.44mb e 100 discos


3. Passo: Clique em Begin to format


tela3

fig. 7: Tela do IPCAS formatando o pendrive


Passo 4: Depois de formatado, o software já criou 100 partições ou 100 disquetes para você usar conforme a figura abaixo:


tela4

fig. 8: Tela do IPCAS com pendrive já particionado e formatado com 100 discos


Note que todos foram formatados como 1.44 mb e estão vazios.

Agora vamos mudar apenas um deles com outro tamanho.

Clique com o botão direito na partição que você quer alterar e escolha a opção format (escolhi a primeira 000).

Configure a tela conforme visto na figura abaixo:


tela5

fig. 9: Tela para formatarmos apenas 1 discos


Depois de formatado olha como fica a partição 000.

Ficou com o tamanho de 720kb e com 19% utilizado, essa utilização foi porque ele criou os arquivos de sistema do DOS 6.22 (command.com, config.sys, io.sys), conforme escolhi na tela acima.


tela6

fig. 10:  Tela mostrando o resultado do disco 000 formatado com 720 kb e com 19% de utilização


Passo 5 e último: Para copiar arquivos nesses disquetes virtuais, bastar dar um duplo clique na partição que você quiser. Isso vai abrir a tela do explorer mostrando o conteúdo dessa partição. No exemplo abaixo cliquei na partição 009 que por sinal está vazia. Agora é só copiar os arquivos que desejar e pronto.


tela7

fig. 11: Tela com windows explorer com o disco 009 escolhido por nós para copiar nossos arquivos


Outra forma é clicar com o botão direito na partição que você desejar, escolher a opção Read e na tela que se abre escolha um arquivo de imagem de disco (.img) selecione e pronto. Isso vai gravar a imagem do disco prontinha na partição.


Bem legal né.


Continuando…..


Agora com nosso pendrive pronto e com o emulador plugado, vamos aos testes.

lembra quando falei que parece que estava tudo ok. Não estava, pois no primeiro DIR que dei no disquete apareceu isso ai ó.


erro no acesso ao drive a

fig. 12: Primeiro acesso ao drive A: depois de plugar tudo


Isso ocorreu pelo seguinte motivo, a controladora de discos original do PC-XT só acessa discos de 360kb ou 720kb. Mas eu criei várias partições no pendrive de 1.44mb. Então como fazer? Tenho uma boa e uma má notícia:

A má notícia é: Precisa substituir sua controladora de discos.

A boa notícia é: É mais fácil de se encontrar controladoras de PC-ATs do que as usadas em PC-XT

Substituí a controladora com uma que funciona em PC-ATs, como essa da foto ai embaixo:


antiga-placa-controladora-ide-barramento-isa-rara-coleco-14871-MLB20091362633_052014-F

fig. 13: Placa controladora de discos para PC-AT 8 e 16 bits


Note que o barramento é suporta tanto 16 bits quanto 8 bits. Mas se o barramento do PC-XT é de 8 bits, como vai funcionar. Simples, se você verificar o barramento na placa ela está dividida como se fosse uma extensão da mesma, então você vai plugar apenas a parte da frente da placa, a parte de trás fica solta mesmo. Veja a foto abaixo:


IMG_0007

fig. 14: Placa controladora de discos plugada no barramento de 8 bits apenas


Essa placa tem várias vantagens, além de permitir que possamos plugar nosso drive de 1.44 (tanto o emulador de drive quanto um drive comum de 3,5), ela ainda nos disponibiliza conexões para porta serial, paralela e de joystick, além de um conector para HD sem ser esse maldito padrão MFM que vem nos PC-XTs (a conexão com o HD ainda não testei, se testaram podem comentar para ajudar outros).

Legal, agora sim já posso utilizar meu emulador de drives?

Ainda não, estamos quase lá, falta o pulo do gato 🙂

Acontece que a BIOS do PC-XT não suporta gerenciar os drives de alta densidade (1.44 mb) adequadamente. Putz, e agora?

Tudo tem solução menos a morte :).

Existe um software chamado 2M-XBIOS, ( pode ser baixado aqui )que pelo que etendi é uma extensão da BIOS do XT para tratar controladoras de discos, ou seja, adequa algumas características da mesma para suportar drives de alta densidade.

Resolvi experimentar.

 

Para usá-la, basta colocar a seguinte linha no seu CONFIG.SYS:

DEVICE=2M-XBIOS.EXE  A:4   B: 1  /13


Os parâmetros do drive A e B estão descritos na tabela abaixo

Tamanho Numero Observação
360K 1
1.2M 2
720K 3
1.44M 4
2.88M 5 Precisa de uma controladora que suporte ED (1 Mbits/s transfer rate)

No exemplo da linha do CONFIG.SYS estamos dizendo que o drive A suporta 1.44 mb e o drive B (normalmente o drive de 5,25 que já vem no XT) suporta 360kb.

 

Esse software só permite que se controle 2 drives, mesmo que o XT possa ter até 4 drives disponíveis. Mas falando sinceramente, 2 é mais do que suficiente para o que pretendemos.

Continuando…. agora basta reinicializar a máquina (sempre reinicie a quente, desliga mesmo a máquina para todos os seus testes) e a seguinte mensagem deverá aparecer durante o processo de boot.

 2M-XBIOS 1.3 installed on A:360K B:1.44M [INT 13h]


Agora sim, você já pode criar sua pasta no drive A, formatar, copiar ou o que sua imaginação inventar.


IMG_0013

fig. 15: Nosso emulador funcionando (detalhe, pedi para ler um disco formatado com 720kb)

 

Obs: Se precisar dar um boot por esse disco não vai funcionar, pois o arquivo 2M-XBIOS.EXE está no drive C e esse emulador de discos é de 1.44mb, então a controladora não vai trabalhar direito com ele, como explicado no artigo.

 

Atualização 21/08/2018:

Uma atualização que achei muito bacana. Hoje troquei esse drive acima por um de modelo SMUFSSV@1104. Esse modelo de drive da gotek funciona com várias outras densidades além de 1.44 Mb. Então para configurá-lo, retire todos os jumpers e só feche o J9 para funcionar em 1.44 Mb. Mais detalhes nesse arquivo: [download id=”1813″]. Um outro ponto, muito interessante e, que não tinha conhecimento é que ao invés de usar o 2M-XBIOS.EXE, é possivel usar a diretiva DRIVPARM  no arquivo CONFIG.SYS do MS-DOS, ele faz o mesmo papel de setar as configurações do drive e, diga-se de passagem, funciona muito bem. Basta colocar a linha DRIVPARM=/D:0 /F:7 dentro do arquivo CONFIG.SYS para setar o drive A: com 1.44 Mb. Mais detalhes sobre o funcionamento dessa diretiva nesse documento:

SOBRE A DIRETIVA DRIVPARAM

 

Fim da Atualização

Um detalhe que não está totalmente relacionado com nosso tutorial mas que quero registrar e que pode ser um salva vidas para muitos. Se você já tentou instalar um emulador de drive de 720kb por exemplo (muito utilizado em MSX), vai verificar que funciona parcialmente. Porquê? Faça o seguinte, vamos criar uma pasta no drive A, para isso digite:

a:\> md pasta1 <enter>
c:\> a: <enter>

espere a luz do drive apagar e digite

a:\> dir

Ué cade a pasta. Então, não criou, mesmo não dando nenhum tipo de erro. Isso acontece para qualquer operação que você tentar fazer no disco, pode até formatar que não vai dar erro e no final quando der um DIR vai encontrar o disco intacto :).

Conclusão: Não funciona, seu drive vai ficar somente como leitura, pelo menos foi isso que aconteceu comigo.


Bom pessoal, o artigo ficou um pouco extenso, resumi o que pude, mas o procedimento tem muitos detalhes que são necessários para funcionar adequadamente.


Por favor, comentem seus testes e se tiverem mais dicas a acrescentar para todos, será bem vindo.

Até a próxima.

emulador de disquetes ou drives no pc-xt

Como Converter Sinal da placa CGA do PC-XT usando a placa GBS 8200

Como Converter Sinal da placa CGA do PC-XT usando a placa GBS 8200

Durante muito tempo quis usar os monitores de tubo (CRT) com meu PC-XT. Isso para manter a nostalgia mesmo. Os monitores originais, aqueles de fósforo verde, âmbar ou branco são extremamente raros, então queria usar um monitor de tubo mais recente, que existem aos montes hoje em dia.

Sei que dá para usar um monitor LCD só montando um cabo e usando um monitor específico, conforme esse artigo, mas porque usar um monitor se posso usar qualquer um disponível. De qualquer maneira tenho outras opções.

Mas como fazer isso, já que os mesmos não são compatíveis com a placa CGA existentes no PC-XT. Bem, ai começa minha odisseia; primeiro comprei uma placa GBS 8200. Essa aqui ó:

CGA-EGA-RGB-TO-VGA-VIDEO-GAME-CONVERTER-GBS8200

É uma placa bem legal, claro não é uma super conversora que custa centenas de dólares, mas dá recado do trabalho. Além disso ela é bem conhecida dos colecionadores de computadores antigos. Quebra o galho de muita gente.

Ela tem entrada para sinal RGBS (que pode ser usada no MSX, por exemplo) e CGA, show de bola. Achei que meu problema estava resolvido, era só fazer um cabo de conectando o conector db9 da placa CGA do PC-XT na entrada de 5 pinos que aceita CGA e pronto. Adivinha???

Não funciona 🙁

Poxa, mas qual o problema? Simples, a saída de sinal CGA da placa do PC-XT é um sinal Digital, o pessoal chama de RGBI e a entrada da placa GBS 8200 é analógica (RGBA). Vou dizer, fiquei um tempão esperando alguém para solucionar esse mistério, mas acabei caçando eu mesmo na internet e achei, parece piada, nos fóruns do Commodore C128, que pelo que entendi tem o mesmo problema.

Por isso eu digo, quem tem um monitor 1084 da vida, sim esse da Commodore, pode-se dizer que tem um monitor precioso. Ele tem entrada para tudo que precisamos, no que diz respeito a máquinas antigas. Olha esse artigo.

Mas quem não tem, não se desespere, com essa solução, você vai conseguir plugar seu PC-XT num monitor CRT qualquer ou mesmo um monitor LCD, pois funciona.

Dito tudo isso, vi que era preciso construir uma placa para converter RGBI para RGBA, agora sim plugar na placa GBS 8200 e pronto.

Agora o problema óbvio, cadê essa placa?

Continuei minha busca, mas agora sabendo que precisaria de um esquema para construir essa placa, encontrei umas 3 soluções que a principio iam funcionar.

Achei neste Fórum, neste site GGLABS. Mas tem outros, é só procurar, agora sabendo o que buscar, que você vai achar.

Depois, sabendo do que precisava, acabei encontrando esse circuito até pronto no EBAY e outros sites as palavras chaves eram “Video Digital-to-Analog Converter for Commodore 128/128D”

Mas tava inspirado e resolvi fazer eu mesmo um protótipo de um que achei, olha aqui ó:

esquema-rgbi2rgba

Não encontrei nem o site da autora para colocar como referencia aqui. Só achei essa imagem mesmo, de qualquer maneira resolvi arriscar para ver se iria funcionar.

Eu nem tinha idéia se iria realmente funcionar, mas estava com um tempo sobrando então resolvi fazer.

Meu primeiro passo foi construir esse esquema ai em cima no Eagle. Mas antes dei uma procurada nos componentes para saber se não eram componentes difíceis e caros de comprar. Pelo esquema pode-se perceber que os únicos componentes que deveria me preocupar eram os CIs 7432 e 7486. O primeiro, tem nas melhores casas do ramo, mas o segundo, fala sério, só no ML um cara vendendo, tipo 20 pilas e fora isso só lá fora.

Então tive a idéia de procurar um equivalente, e encontrei o CI 74386, bem mais fácil de achar e baratinho, tipo 2,50. A única diferença era a posição dos pinos que mudam de um para o outro.

Beleza, toca fazer o esquema no Eagle então. Ficou assim:

diagrama-rgbi2rgba

e a placa ficou assim:

placa-rgbi2rgba

Os arquivos do projeto feitos no Eagle podem ser baixados nesse link ok:

Arquivos do projeto da placa para converter RGBI para RGBA

 

Assim todos podem melhorar, modificar, etc.

Depois, foi fazer a placa, comprar os componentes, soldar e testar:

placa-rgbi2rgba-1

placa-rgbi2rgba-2

Placa vista de cima, com o conector rgbsg que vem na GBS 8200, isso facilitou, porque agora é só plugar nela e pronto. Outra coisa, tem um jumper que pode ser configurado na placa, é para sincronismo composto ou horizontal e vertical separado. Eu testei somente com o composto, se quiserem fazer outros testes tudo bem, mas como funcionou, nem me aprofundei nisso.

placa-rgbi2rgba-3

As ligações.

placa-rgbi2rgba-5

Placa inteira vista de cima. Um detalhe, eu só tinha em casa o conector DB9 Fêmea, e na placa o certo seria colocar o DB9 Macho, assim a posição dos pinos fica certinho.  Como eu só tinha o fêmea, quando fui fazer o cabo que liga a placa CGA do PC-XT até a placa RGBI2RGBA precisei colocar os pinos invertidos, isso foi só para compatibilizar. De qualquer forma estou colocando a pinagem do CGA para vocês se orientarem, ok.

db9_cga

Se tiverem dúvida de como fazer o cabo, podem consultar esse artigo .

placa-rgbi2rgba-4

Coloquei um jumper nesse ponto ai da imagem acima, porque eu queria gerar uma placa com face simples e não dupla, daí gerou alguns jumpers nela e mesmo assim faltou esse ai, como era um só puxei por baixo mesmo.

O circuito precisa de uma alimentação de 5V para funcionar. Puxei da mesma fonte que alimento a GBS 8200.

Peço que não reparem, ficou feinha eu sei, mas para esclarecer, não sou técnico em eletrônica, nem estudei para isso. Sou apenas um hobista e colecionador. Gosto de superar os problemas que encontramos em nossas máquinas. E o que dá para fazer, dentro do meu conhecimento, eu faço.

O segundo ponto é que fico muito ansioso em fazer as coisas funcionarem, então não me atentei muito em otimização e acabamento.

Esse projeto está aqui até para que possamos melhorar (placa, tamanho, disposição, etc.).

Bom agora é testar.

Puxa, até me assustei, funcionou de primeira.

rgbi2rgba-teste1

rgbi2rgba-teste2

\\rgbi2rgba-teste3

rgbi2rgba-teste4

rgbi2rgba-teste5

rgbi2rgba-teste6

rgbi2rgba-teste7

rgbi2rgba-teste8

No meu ponto de vista, depois de ajustar o brilho, contraste, posição da tela, tamanho, etc… Achei a qualidade muito boa. Agora todos podem ter qualquer monitor ligado na placa CGA do PC-XT, seja um monitor CRT, LCD ou mesmo LED.

Bem pessoal, é isso ai. Se tiverem comentários ou dicas úteis, podem utilizar o campo de comentários abaixo.

Até a próxima.

Como Converter Sinal da placa CGA do PC-XT usando a placa GBS 8200

Mouse Serial no PC-XT

Depois de muito tempo tentando adquirir um PC-XT, finalmente consegui e de quebra, consegui 2 ao invés de 1.

Configuro para lá, configuro para cá, garimpando várias informações para entender essa arquitetura antiga, além de procurar placas para completar o máximo possível o kit, consegui fazer os 2 funcionarem direitinho.

Mas nunca está bom, acho que é isso que deixa o hobby de retro computação tão legal.

Queria colocar um mouse nos danados.

Assim vamos a odisseia de plugar um simples mouse num PC-XT.

Primeiramente o PC-XT não tem saídas mini dim (encontrados até pouco tempo em PCs normais) e nem tão pouco USB, aliás essa tecnologia nem existia na década de 80.

A comunicação com um mouse era serial mesmo (RS232).

Putz, serial? Então preciso de um mouse serial para funcionar? Sim, isso mesmo, é isso aí.

Colocando um Mouse Serial no PC-XT

 

Mouse Serial RS232

 

fig 1 – Mouse Seria com conector DB9

 

Bom, encontrar mouses seriais em 2014 não é tão difícil quanto se possa imaginar, é só procurar no ML ou em sites de produtos para informática que você encontra, inclusive novos e na caixa.

Legal, comprei o mouse, aliás, compreis 2, um para cada PC.

Com os mouses na mão, achei que era só plugar e beleza. Amargo engano… 🙁

Os conectores dos mouses que comprei eram do tipo DB9 e o conector que o PC-XT disponibilizava era DB25.

IMG_0477

 

fig. 2 – Conector DB25 serial (mais ao centro) na parte trazeira do PC-XT 

 

 

db25-db9

 fig 3 – Pinagem de Conectores DB25 e DB9

 

db25comcapa

fig 4 – Conector DB25 FÊMEA com CAPA

 

DB9M.1

 

fig 5 – Conector DB9  MACHO com CAPA

 

Porque isso? É que os primeiros mouses para o PC-XT vinham com o conector DB25, somente mais tarde é que foram feitos para os conectores do tipo DB9.

MOUSE GENIUS GM-6

fig 6 – Antigo Mouse Genius  com conector DB25  FEMEA

O que fazer então? Afinal queria um mouse no XT.

Comecei a pesquisar e imaginar que se um mouse serial que se comunicava por um conector DB25 poderia muito bem se comunicar por um conector DB9.

Assim, encontrei 2 soluções para o problema:

– Primeira opção: Usar uma placa serial que possua o conector DB9

$_57 placa_serial_xt

 

fig 7 – Placa Serial ISA 8 Bits, com um conector DB25 e um conector DB9

Segunda opção: Construir um cabo de DB25 para DB9 (Sim, sim, sim, é perfeitamente é possível).

Bom, na primeira opção, apesar de ser mais simples, fica mais caro e mais complicado para encontrar (teria que achar e comprar duas placas).

Assim, decidi pela segunda opção, visto que são componentes bem fáceis e baratos de se encontrar, além, é claro, do desafio. 🙂

Decidido o que iria fazer, então agora era só colocar a mão na massa e montar o cabo.

Bom, chega de blá, blá, blá, vamos a confecção do cabo.

O esquema que testei e que funcionou perfeitamente foi esse:

 

db9_25_converter

 

fig 8 – Esquema de ligação dos pinos entre conectores DB25 e DB9

 

Conexão dos Pinos para Conversão entre DB25 e DB9

DB9 DB25 Função
1 8 Data carrier detect
2 3 Receive data
3 2 Transmit data
4 20 Data terminal ready
5 7 Signal ground
6 6 Data set ready
7 4 Request to send
8 5 Clear to send
9 22 Ring indicator

 

Mais detalhes sobre comunicação serial RS232 pode ser encontrados no site Lammert Bies. 

 

Material necessário para fazer o cabo.

 

  • 01 Conector DB9 MACHO com capa
  • 01 Conector DB25 FÊMEA com capa
  • 20 a 30 cm de cambo manga com pelo menos 9 vias (9 fios)
  • 01 Ferro de solda
  • Solda de boa qualidade
  • 01 Lupa de Mesa Articulável (OPCIONAL)

 

A lupa de mesa articulável é opcional, mas por experiencia própria, ela vai ajudar muiiiiito na hora de soldar os fios nos conectores.

 

lupa-de-mesa-articulavel-garras-jacare-lente-aumento-e-pinca

 

fig. 9 – Lupa de Mesa Articulável

 

O cabo manga é aquele cabo com vários fios dentro, que vai servir para ligar cada pino dos conectores.

 

sk_0680_28_14205_g

 fig. 10 – Cabo Manga 10 vias

 

Uma dica: Se você tiver aquele cabo de impressora paralela ou matricial, pode usar sem medo, pois é o mesmo cabo.

 


caboimpressora

 

fig. 11 – Cabo para impressora matricial

O Cabo Pronto

 

 

No final, o cabo deve ficar com esses 2 conectores conforme a figura abaixo.

 

IMG_0476

 

fig 12 – Cabo DB25 para DB9 

 

 

Um detalhe importante: No meu caso utilizei um conector DB25 do tipo Fêmea, mas pode ser que seu XT ofereça um conector Fêmea, nesse caso você teria que utilizar um conector DB25 do tipo Macho, ok.

 

 

Testando nosso cabo

 

 

Agora é só plugar o cabo, ligar o PC e testar se o mouse será reconhecido.

 

Na linha de comando do DOS digite MOUSE (software mouse.com que faz parte do pacote do DOS).

 

C:/>MOUSE

 

Se tudo correr bem vai aparecer a seguinte mensagem:

 

IMG_0478

 

Pronto, tudo perfeito.

Para finalizar nosso trabalho é legal colocar o comando mouse.com no autoexec.bat ou no config.sys para que o driver seja instalado na inicialização do computador.

 

AUTOEXEC.BAT

LH C:\DOS\MOUSE.COM

ou

CONFIG.SYS

DEVICE=C:\DOS\MOUSE.SYS

 

 

Bom é isso ai. Até o próximo post pessoal.

Instale nosso aplicativo com a lista de monitores que aceitam 15 kHz e tenha essa informação a qualquer momento na palma de sua mão.  /  <!--nextpage--> &nbsp; Install our application with the list of monitors that support 15 kHz and have this information at any time in the palm of your hand.